O ENCOBERTO * Natália Correia * Edições AFRODITE 1980
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10072
Categoria EDIÇÕES AFRODITE
Descrição
O Encoberto (Teatro)Natália CorreiaCapa de Nuno AmorimFotos da Representaç;o de Nuno CalvetColecç;o – Autores IIEdiç;o e Arranjo Gráfico – Edições AfroditeEdiç;o: 3ª ediç;oPUBLICAÇ;O: Porto : Edições Afrodite [1980]DESCR. FiSICA: Br., 122 p ; 20 cmNota:Esta ediç;o reproduz rigorosamente o texto da primeira publicada em 1969 e proibida de circular pela censura ent;o vigente.
Na Contracapa:Esta peça foi escrita sob o pesadume do regime fascista que a proibiu de subir à cena e mesmo de circular em livro. N;o logrou porém a interdiç;o impedir que, pelos canais da divulgaç;o clandestina “O Encoberto” fosse ganhando foros de clássico da dramaturgia moderna. Estudantes estrangeiros dedicam-lhe teses e passagens do seu texto epigrafam estudos sebásticos.
Em “O Encoberto” a autora desvia-se do enfoque habitual do mito de D. Sebasti;o, desdenhando a circunscriç;o histórica que o aperta numa data. O reinado filipino é só uma camada da estrutura dramática que se dilui na intemporalidade do mito de que é apoio antitético.
A composiç;o enevoada do mito, configurada na manh; de nevoeiro que será rasgada pela vis;o reluzente do Salvador é a densidade psicológica de um povo em situaç;o omissa. Nesta se funda a acç;o da peça, na qual todas as personificações gravitantes de D. Sebasti;o s;o fantasmas por alucinante arrastamento.
Neste campo de apetência subjectiva do povo português Natália Correia imprimiu uma “actualidade continua” ao seu Encoberto. Seja qual for a época em que expluda a crise de omiss;o nacional, esta plasma-se no sonho espectante da vinda do Desejado.
Para acalentar a ressurgência do mito estava particularmente destinado este nosso tempo de hecatombe histórica. O afundamento de séculos de vida nacional, acutilada por uma cadeia de desestabilizações, algumas delas visando o colapso da independência nacional, viria repor no horizonte da persistente vocaç;o sebástica a estrela absurda do Rei Fantasma. é de facto impressionante que num texto de resistência à “ocupaç;o fascista” a autora tenha visionado uma situaç;o de fim que viria a produzir-se na sequência de uma revoluç;o conduzida por forças adversas aos imperativos nacionais e na qual dramaticamente se aclimata a fisionomia que imprimiu a D. Sebasti;o.
Merece também um curioso destaque ter Natália Correia intencionado no desfecho da sua peça a mundializaç;o do mito sebástico. Dir-se-ia que a autora vaticinava há nove anos vir a converter-se Portugal num ponto de agudizaç;o da crise ocidental promotora de um sentimento escatológico que vai buscar esperanças à reserva messiânica nomeadamente no culto dos ovnis.
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