INSTRUMENTOS MUSICAIS POPULARES PORTUGUESES Ernesto Veiga de Oliveira 19661ª Edição
Descrição
Instrumentos Musicais Populares Portugueses Ernesto Veiga de OliveiraPUBLICAÇ;O: Lisboa : Fundaç;o Calouste Gulbenkian., Lisboa 1966DESCR. FiSICA: Enc. Editorial c/sobrecapa, 240+ XXIVp.,muito ilustrado : il., 31×24 cm Profusamente ilustrado com fotogravuras e com partituras musicais Sobre o autorErnesto Veiga de Oliveira nasceu na Foz do Douro (Porto) em 1910 oriundo pelos quatro costados de familias nortenhas – do Minho, de Trás-os-Montes, Douro Litoral, e até da Galiza, mas de vivência, educaç;o e hábitos cosmopolitas. Fez o liceu na sua cidade natal, e formou-se em Direito em 1932 – e mais tarde, em 1947, em Ciências Históricas e Filosóficas – em Coimbra. Advogou durante dois anos, mas em breve se compenetrou do seu desajustamento irredutivel a qualquer profiss;o que n;o viesse ao encontro do que para ele eram os valores essenciais do Homem e contrariasse a livre expans;o da sua personalidade; e após sucessivas experiências, ingressa, em 1944, no funcionalismo publico. Um versejar juvenil, de fôlego curto; um filosofar fora de escolas; um panteismo sem deuses – e, a par disso, uma grande independência de espirito, de atitudes, de credos; e o imperativo da verdade, da liberdade, da mais limpida simplicidade -, modelariam o seu pensar, a sua vis;o do mundo, e a sua maneira autêntica de estar na vida. E aflorariam também num profundo amor pelo povo e no apelo das paisagens e das coisas naturais, que o levariam a calcorrear, a pé, extensas regiões do Pais-uma terra ainda fora do presente, virgem de estradas, de turismo, de poluições: o litoral, do rio Minho ao Tejo; as praias desertas do Algarve; as remotas áreas fronteiriças de Castro Laboreiro ao Gerês e Larouco; a Terra Fria transmontana, de bravios, estevas e lobos; as serras e os rios – atardando-se nas aldeias, empapando-se da sua cultura e assimilando-a. em longa vivência contemplativa participante. Em 1932 situa-se o seu encontro com Jorge Dias, a quem fica ligado até ao fim por uma profunda e inalterável amizade, feita de entendimento, admiraç;o e confiança; e passam a ser companheiros certos dessas andanças pelo Pais e dialogantes de todas as aventuras do espirito, juntamente com Fernando Galhano, amigo de longa data, com Margot Dias, e com Benjamim Pereira, que conhece mais tarde. E s;o finalmente esses elementos que em 1947 o grande mestre chama para formar o grupo pioneiro que deu corpo ao Centro de Estudos de Etnologia, que iria levar a cabo a renovaç;o dos estudos etnográficos em Portugal. Demitiu-se ent;o das suas funções burocráticas, e abraça – definitivamente e profissionalmente – a carreira de investigaç;o cientifica. A partir dessa data, a sua vida identifica-se com os trabalhos desse Centro, e seguidamente, a partir de 1963, também com os do Centro de Antropologia Cultural e sobretudo do Museu de Etnologia, criado segundo uma concepç;o inovadora da museologia, que restará como a express;o mais acabada da sua obra. Em 1965 é nomeado subdirector do Museu de Etnologia e, de 1973 em diante após o falecimento de Jorge Dias, toma a direcç;o do Centro de Estudos de Antropologia Cultural e do Museu de Etnologia, mantendo-se nesse posto até 1980, data da sua aposentaç;o. Naquela mesma ocasi;o, assumiu a direcç;o do Centro de Estudos de Etnologia, que ainda conserva. Em 1984 a Universidade de évora confere-lhe o titulo de Doutor Honoris Causa. De 1973 a 1978 integrou o corpo redactorial da Revista Ethnologia Europaea. Fez parte do International Secretariat for Research on the History of Agricultural Implements.
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