SODOMA DIVINIZADA    Por     RAVL  LEAL            ;Olisipo; – Editores [ed. Fernando Pessoa], Lisboa 19231.ª ediç;oBr., 32 Págs. [servindo as primeira e ultima folha como suportes para a dobra da capa, que é em papel],  23,2 cm x 16,6 cmTexto complementar incluido: Antonio Botto e o Sentido Intimo do RythmoNotas:Do Autor – que a si mesmo se tinha na conta de Henoch, pai de Matusalem, avô de Noé – pode dizer-se que sempre procurou e encontrou ;abrigo nos jornais que apoiavam o regime; quer isto dizer que em pleno Estado Novo, numa altura em que a maioria dos intelectuais do pais ganhava maior sensibilidade a indicios que reforçassem ideais subjacentes às teorias do poder, Raul Leal rodeava-se de uma aura de suspeito fascismo que a sua preferência monárquica (em permanente exibiç;o) ainda mais turvava; que a sua posiç;o nada conservadora, no dominio dos costumes, ainda mais desacreditava […]; (do magnifico prefácio de Anibal Fernandes à reediç;o na Hiena Editora, em 1989).No centro da polémica que a vertente brochura de Raul Leal desencadeou – com uma tal “Liga de Acç;o dos Estudantes de Lisboa”, encabeçada por um tal Pedro Teotónio Pereira, a pedir nos jornais e em panfleto publico a cabeça dos ;adeptos da infâmia;, autores de ;livros torpes; – esteve a ediç;o das Canções de António Botto, que Fernando Pessoa promoveu em 1922.Tanto o livro de Botto como o de Leal ser;o, pois, apreendidos por ordem do Governador Civil de Lisboa, desaparecendo os seus exemplares na vasa lodosa da “boa consciência” das familias.

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