HISTóRIA DO CERCO DO PORTOS.J.da LUZ SORIANOObra completa (2 volumes) Encadernaç;o do Editor em tela azul,1º volume 886 p./ 2º volume 890 p., dimensões (largura x altura): 23x 31 cm ( In-4º ),A. Leite Guimar;es – Editor, Porto 1889/1890Ilustrado com gravuras coloridas litografadas sobre papel couché em extra-texto representando os uniformes militares; gravuras p/b com retratos dos comandantes militares e politicos de ambas as partes em confronto (das quais destacamos o retrato do Rei D. Jo;o VI); e com mapas desdobráveis do teatro de operações. Segunda ediç;o e de luxo. Inocêncio VII, 278 e XIX, 223. ?Luz Soriano, Bacharel formado em Medicina pela Universidade de Coimbra, Oficial-maior graduado da secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Ultramar, e chefe da secç;o de Marinha; deputado às Cortes pela Provincia de Angola nos anos de 1853 e seguintes, etc. Era estudante na universidade em 1828, quando se ligou á revoluç;o constitucional do Porto, proclamada em 16 de Maio. Pelo malogro dessa revoluç;o emigrou com os corpos que a sustentavam para Espanha, fazendo parte do batalh;o de Voluntários Académicos, e de lá para Plymouth, onde ele e seus camaradas se viram reduzidos a condiç;o de simples soldados, dando-se-lhes para quartel um casar;o sem vidraças, e servindo-lhes de cama alguma palha nos primeiros dias. De Inglaterra passou para a ilha Terceira em Fevereiro de 1829, vindo depois na expediç;o ao Porto em 1832; em cujo cerco serviu militarmente, até entrar como amanuense de primeira classe na secretaria de Estado dos Negócios da Marinha em Dezembro do mesmo ano, e a esse respeito faz ele bem amargas considerações de pag. 532 a 536 do já citado livro. Poderia contudo moderar o seu justo ressentimento, consolando-se com a ideia de que n;o foi ele o unico em quem se dessem ent;o, e ainda hoje, iguais motivos de queixa; pois que nada tem sido infelizmente mais comum nesta nossa malfadada terra, que ver esquecidos e postergados mérito e serviços reais em graça daqueles, que mal poderiam alegá-los com verdade, se de tais provas carecessem para obter os favores da ventura. História do Cerco do Porto, precedida de uma extensa noticia sobre as diferentes fases politicas da monarquia, desde os mais remotos tempos até ao ano de 1820; e desde este mesmo ano até ao começo do sobredito cerco. A propósito desta obra lê-se na revista universal lisbonense: ;o estilo é belo e corrente; adicionou muita coisa ao que já sobre a matéria se havia escrito, distinguindo-se principalmente por uma melhor critica que a dos seus antecessores. Contudo o autor n;o conseguiu elevar-se acima dos afectos de homem e de contemporâneo. Fazendo para isso esforços, só conseguiu mostrar que n;o era para a sua organizaç;o comportar alma t;o vigorosa, qual as circunstâncias requeriam para depurar a verdade, e só a verdade. Enfim, afigura-se-nos que ainda n;o é este o livro sine ira et studio de que tanto carecemos; (este artigo é anónimo). O Duque de Palmela D. Pedro de Sousa Holstein, julgando que varias alusões e referências que no primeiro tomo desta obra se faziam à sua pessoa, e a actos por ele praticados, careciam de comentário ou rectificaç;o, escreveu ou ditou para ser anexo àquele volume um opusculo neste sentido. Solicitou do autor da história a permiss;o de que fosse nesta incorporado o dito opusculo; e como ele a isso se prestasse, chegou a imprimir-se?? Obs.:Capas em bom estado, mas as lombadas com algum desgaste

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