GRANDE SERTÃO: VEREDAS * João Guimarães Rosa * 1963

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GRANDE SERT;O: VEREDASJo;o Guimar;es RosaCapa de POTYLivraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1963(4ª Ediç;o)Br., 462p.,14 cm x 22 cm,Observações.:GRANDE SERT;O: VEREDAS “O maior julgamento literário da história do sert;o.”Por Elenilson Nascimento“Grande Sert;o: Veredas” é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira. Publicada no ano de 1956, inicialmente chama atenç;o por sua dimens;o – quase 600 páginas – e pela ausência de capitulos. O autor Guimar;es Rosa fundiu nesse romance elementos do experimentalismo linguistico da primeira fase do Modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obra unica e inovadora.E muito n;o sacaram o lance! No romance, Riobaldo narra sua vida de jagunço: s;o histórias de disputas, vinganças, longas viagens, amores e mortes vistas e vividas pelo ex-jagunço nos vários anos que este andou por Minas, Goiás e sul da Bahia. Riobaldo era um dos que percorriam o sert;o abrindo o caminho à bala. Entre seus companheiros, havia um que muito lhe agradava e por quem cultivava uma espécie de amor secreto: Reinaldo, ou Diadorim. E nas longas tramas e aventuras dos jagunços, Riobaldo conhece um dos seus heróis: o chefe Joca Ramiro. Ramiro é traido e assassinado por Hermógenes, um dos seus companheiros. Riobaldo começa ent;o uma longa trajetória de vingança que culmina com a morte de Hermógenes e do seu melhor amigo, Diadorim. A morte de Diadorim, porém, revela um grande segredo. Na verdade seu amigo era uma mulher: Deodorina, filha de Joca Ramiro, disfarçada em homem. No romance, há pelo menos sete grandes personagens: a Linguagem, o Sert;o, o próprio Riobaldo Tatarana (o tradutor do Sert;o e pactário com o Diabo), Diadorim (o duplo), Joca Ramiro (o homem fantasmal, o mito), Hermógenes (pactário com o Diabo) e Zé Bebelo. Deus e o Demônio s;o coadjuvantes. E um dos trechos mais admiráveis é o julgamento de Zé Bebelo, ent;o bate-pau do governo, pelos jagunços. Duas grandes guerras s;o narradas em “Grande Sert;o: Veredas”. A primeira é protagonizada pelos lideres Joca Ramiro, Sô Candelário, Tit;o Passos, Jo;o Goanhá, Ricard;o e Hermógenes contra Zé Bebelo e os soldados do governo. Apanhado, Zé Bebelo é julgado pelo tribunal composto dos lideres citados, dos quais Joca Ramiro é o chefe supremo. Hermógenes e Ricard;o s;o favoráveis à pena capital. Como a conversa n;o atava nem desatava, Joca Ramiro começou o julgamento. Hermógenes n;o mediu palavras: “Acusaç;o, que a gente acha, é que se devia de amarrar este cujo, feito porco. O sangrante… Ou ent;o botar atravessado no ch;o, a gente todos passava a cavalo por riba dele — a ver se vida sobrava, para n;o sobrar! (…) Cachorro que é, bom para a faca. (…) Dele é este Norte? Veio a pago do Governo. Mais cachorro que os soldados mesmos… Merece ter vida n;o. Acuso é isto, acusaç;o de morte. Diacho, c;o!” Zé Bebelo defendeu-se: “Porque acusaç;o tem de ser em sensatas palavras”. Hermógenes ficou uma fera: “Meu direito é acabar com ele, Chefe!” O tutumumbuca Joca Ramiro discordou: “Mas ele n;o falou o nome-da-m;e”. O narrador, Riobaldo, acrescenta: “Só para o nome-da-m;e ou de ‘ladr;o’ era que n;o havia remédio”. No fim do julgamento, porém, Joça Ramiro sentencia a soltura de Zé Bebelo, sob a condiç;o de que ele vá para Goiás e n;o volte até segunda ordem. Nesse ponto, a primeira guerra chega ao fim. A paz, ent;o, estabelece-se em todo o sert;o. Até que, depois de longo periodo de bonança, aparece um jagunço chamado Gavi;o-Cujo, desesperado, e anuncia: “Mataram Joca Ramiro!…”. Começa ent;o, a segunda guerra, organizada sob novas lideranças: de um lado Hermógenes e Ricard;o, assassinos de Joca Ramiro e traidores do bando; de outro, Zé Bebelo – que retorna para vingar a morte de seu salvador, chefiando o bando de Riobaldo e Diadorim – com os demais chefes. A segunda guerra termina no fim do romance, na batalha final no Pared;o, na qual morre Hermógenes. Joca Ramiro n;o se deu por vencido: “O senhor n;o é do sert;o. N;o é da terra”. Zé Bebelo atacou com mais prosa: “Sou do fogo? Sou do ar? Da terra é a minhoca — que galinha come e cata: esgaravata!” Sô Candelário, homem bravo, disse que ele e Zé Bebelo deveriam resolver a pendenga a faca. Joca Ramiro n;o deixou: “Agora é a acusaç;o das culpas. Que crimes o compadre indica neste homem?” Sô Candelário deu seu voto: “Crime?… Crime n;o vejo. (…) Veio guerrear, como nós também. Perdeu, pronto! A gente n;o é jagunços? A pois: jagunço com jagunço — aos peitos, papo. Isso é crime? Perdeu, está ai feito umbuzeiro que boi comeu por metade… Mas brigou valente, mereceu… (…) o que acho é que se deve de tornar a soltar este homem”. Toni Ramos (vivendo Riobaldo) e Bruna Lombardi (como Diadorim) na do seriado Grande Sert;o Veredas, Rede Globo. “Grande Sert;o: Veredas” também foi um clássico exibido pela TV Globo, em 1985, que retratou o livro do Guimar;es Rosa. Vale a pena reviver este grande clássico! Após escrever com alta intensidade criativa durante dois anos, Guimar;es Rosa chegou com “Grande Sert;o: Veredas” e trouxe uma narrativa épica que se desenrola por quase 600 páginas e mostra de maneira inovadora para sua época, e com uma impressionante técnica literária, o jeito rude do homem do sert;o mineiro. O autor nos brinda com a história de um “amor proibido” e imensa profundidade psicológica entre seus dois personagens principais: Riobaldo sente-se atraido pelo companheiro Diadorim (*amor gay?), sem saber que este é na verdade uma garota vestida de homem. Ela fez isso para poder se vingar daqueles que mataram seu pai. A mesma história foi adaptada numa mini série feita para a TV, em 1985.Mas em 1965 foi lançado um documentário de 92 minutos. O unico romance do escritor mineiro conta, em linguagem perturbadora, as lembranças do jagunço Riobaldo em suas desventuras e cavalhadas no espaço mitico dos campos gerais e seu amor impossivel por Diadorim. Um livro maravilhoso!

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